quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Brasilinha a São Jorge - Pedal de 206km (GO-118)

Uma ligação telefonica foi o suficiente para firmar o compromisso dessa aventura. Pedalar um dia para chegar na Chapada dos Veadeiros saindo de Brasilinha. Luiz Mattos lançou a oferta e eu aceitei! Isso foi dia 15 de Julho. O pedal foi marcado para (segunda-feira) dia 21 de julho. No domingo dia 20.07 após todos preparativos, pegamos estrada. Vale ressaltar que 90% de nossa bagagem foi de carro para chapada. Só carregamos o necessário e muita comida. Com uma carona importantíssima de Brasília para Brasilinha, já fica aqui nosso agradecimento ao Gabriel que nos deixou lá. Depois de trocarmos de hotel por descobrir que havia um mais seguro e limpo (rsrs), jantamos em uma pizzaria e fomos tentar dormir...
 
Com poucas horas de sono, ansiedade e ainda com um casal transando no quarto ao lado (gargalhada), levantamos porque era hora de começar o desafio. As 5:23h iniciei o registro no GPS (aplicativo Strava). Ainda estava escuro e frio. Procuramos a via que daria acesso a GO-118 e logo encontramos. Luiz parou para calibrar o pneu e na saída já batizou o desafio com uma queda boba hehehe... Estavamos só com uma lanterna mediana e sinalizadores. Logo no início, duas subidas para aquecimento... era apenas o início!




Após chegarmos na GO-118, Luiz escapou na frente e já impos um ritmo forte mostrando que eu teria trabalho para acompanha-lo. Várias descidas e um trecho plano nos primeiros 100km (25km/h de média - ver vídeo abaixo) até São João D'Aliança onde chegamos as 11h da manhã. Neste primeiro trecho alguns imprevistos: o passador das coroas parou de passar a marcha na bicicleta do Luiz, ficou só com a coroa grande; o pneu traseiro da bike do Luiz furou faltando 10km para São João.

















Almoçamos e descansamos o suficiente em São João D'aliança. Quando bateu 13hrs no relógio, voltamos para a estrada. Cerca de 20km depois de São João, o carro de apoio nos encontrou e paramos para uma breve conversa e aproveitamos para descarregar algum peso morto. O carro não deu partida. Tentamos fazer pegar no tranco mais não deu certo. A sorte é que estavamos a 300 metros da tradicional lanchonete do Portugues. Luiz foi de bicicleta e voltou com ajuda. Chupeta feita, o carro partiu para Alto Paraíso onde comprou uma bateria nova. E nós, voltamos para o desafio que agora estava começando a ficar pesado por causa do sol e das subidas ingrimes que estavam por vir.


Quando chegamos nas subidas mais fortes, Luiz precisou manter um giro mais forte por estar apenas com a coroa grande. Com o excesso de esforço começaram a aparecer as fisgadas de caimbra. Após uma subida longa, notei que ele ficou muito para traz. Estava a beira de ter uma crise de caimbra mais forte. Precisavamos diminuir o ritmo. Tinha que ter muita paciência para que não sobrecarregasse ainda mais a musculatura. Ainda tínhamos cerca de 70 quilometros até São Jorge e o pedal não rendia mais. O calor e o fator psicológico a essa altura da viagem nos levaram a mais uma parada antes de Alto Paraíso para descansar e se refrescar.

Pois bem! Quem anda de bicicleta sabe que não há subida que nos vença! Nós vencemos todas! E quando chegamos há 20km de Alto Paraíso as descidas voltaram a aparecer dando uma injeção de animo por saber que estavamos chegando em Alto. Já avistavamos a entrada do Rio dos Couros e o Morro da Baleia lá no horizonte. Aproximadamente as 18h chegamos em Alto Paraíso, descansamos, jantamos e partimos para São Jorge com céu estrelado mas a estrada no breu. Só a lanterninha meia-boca que eu levei. Deixamos a bicicleta ir sozinha... a ida de Alto Paraíso a São Jorge é mais descida!!! Ufaaaaa.... Foi banguela o tempo inteiro! Muita atenção no cruzamento de carros na estrada, principalmente na parte onde máquinas estão trabalhando na obra do asfaltamento.
















Passava das nove horas da noite quando chegamos em São Jorge. Foram 206 quilometros pedalados. Incrivelmente eu me sentia ótimo! Ainda havia folego para mais horas de pedal (rs). O Luiz também parecia muito bem fora a questão das caimbras. Vale ressaltar que nos alimentamos muito bem e paravamos a cada 20 ou 30 quilometros para descansar e comer algo. Quando chegamos, fomos direto ao Seu Claro tomar aquela gelada para celebrar o desafio completo! Muita gratidão. Na hora de ir embora, fechei a aventura com uma queda daquelas que a sapatilha fica presa... Era para selar o fim da viagem com chave de ouro! hahahaha...


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Mais imagens:





Um comentário:

  1. Parabéns pela disposição de vencer os percalços!Belas imagens da estrada.

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